Soneto da Fadiga Silenciosa
No silêncio pesado da rotina,
Esta alma exausta, sem descanso, chora.
Despida de cor, a dor lhe devora,
E o cansaço, na pele se destina.
A vida severa, joga sua sina,
Pedras que ferem, alma que implora.
E o esforço se torna luta que aflora
Na tua esperança, fortaleza indomável, que assim determina.
Drummond lhe disse: “A dor é força que escreve”,
E assim ela, na luta, tenta resistir,
Transformando o peso em versos que descreve.
Mesmo de sombra entranhada no peito, insiste em prosseguir,
Pois sabe que a vida é estrada que chove,
É de pedras, mas também de auroras a florir.
Viviane Caterine
Enviado por Viviane Caterine em 15/07/2025
Alterado em 15/07/2025
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