“A elegância não é sobre chamar a atenção, mas sobre ser lembrado.” – Giorgio Armani

A mulher brilha quando vestida e envolta pela elegância.
Mas o que é elegância?

Elegância transcende a mera aparência; como ensinava nossa cronista Martha Medeiros, vai muito além do uso correto dos talheres e abrange bem mais do que dizer um simples obrigado diante de uma gentileza. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos ou “destaques sociais” por perto. É uma elegância desobrigada.

A elegância se desvela no comportamento, num estilo de vida. É ter uma presença refinada e sofisticada, deixando uma marca duradoura nas pessoas, não por ser o centro das atenções, mas pela sutileza e distinção de sua essência. Pode-se observá-la, mas tentar imitá-la é como construir-se em areia movediça, um vento mais forte e ela se desvanece.

Sobrenome, status temporários ou vitalícios, bens e nariz empinado não substituem a elegância do gesto. Não há obra ou manuscrito que ensine alguém a ter, de forma genuína e autêntica, uma visão generosa do mundo, a estar nele de modo não fátuo.

Elegância é ser confiante e segura, sem se deixar cair na armadilha da arrogância ou da pretensão. É expressar respeito e gentileza mesmo nos momentos mais desafiadores.

Uma mulher que incorpora essa virtude é reconhecida pela maneira como se expressa, como interage e trata os outros. Ela carrega consigo valores internos profundos, bem entranhados e enraizados em si; não advêm de meras decorebas, pois transcendem as superficialidades do mundo moderno.

Essa mulher singular vive com propósito e direção, guiada por seus valores e princípios. Elegância não se compra, não se finge, não se adquire instantaneamente; é uma preciosidade cultivada ao longo do tempo, com cautela, zelo e autenticidade, manifestando-se naturalmente em suas ações, decisões e comportamentos quotidianos.

A verdade indiscutível é que a elegância não clama por atenção para ser notada – ela se destaca por si só, como um farol de luz em um mar de aparências, fingimentos e dissimulações.